sábado, 19 de junho de 2010

Te amar foi um erro, ou o começo dos meus acertos? parte III

PARTE III

        E assim fizeram, levaram Clara para um lugar aonde elas costumavam passar os recreios desde que se conheceram na terceira série, aquele era o cantinho delas, aquelas árvores já ouviram cada coisa... Chegando lá Clara sentou e se pós a chorar, ela não disse nada apenas chorou por um longo tempo, e Ana e Isabella nada fizeram a não ser abraçar a amiga que sofria. Clara se acalmou aos poucos e foi contando como foi suas férias e o porquê de toda aquela dor, suas amigas a ouviram, e fascinadas pela história não sabiam o que falar. Apenas se abraçaram e passaram o resto do dia ali, conversando, tentando ajudar Clara que sofria.
        Bateu o sinal que decretava que a aula havia acabado era hora de ir para casa, e torcer para não encontrar Rafael em seu caminho, mas isso não foi possível, quando ela estava saindo pela porta da frente do colégio, Rafael gritou pelo nome de Clara que se virou torcendo para que aquela linda voz não viesse de seu amado, mas de nada adiantou, aquela voz era dele; que veio correndo em direção de Clara.
- Clara aonde você se meteu a tarde toda? Estou te procurando pelo colégio desde que você saiu com suas amigas, eu fiquei preocupado, o que houve com você?
- Foi nada não Rafa, só me deu uma forte dor no peito, e eu resolvi ficar por ai esperando a dor passar.
- Clara você precisa ir ao médico, isso pode ser sério.
Clara olhou para o chão;
- Que eu saiba não tem remédio para amor não correspondido. 
Sem entender nada Rafael abraçou a amiga com força, e disse em seu ouvido:
- Pode contar comigo para tudo.
        Mal sabia ele que a amiga sofria por ele, por amar ele. 
Clara agradeceu e foi embora com suas amigas, e ela não largou aqueles cadernos idiotas por nenhum segundo o dia inteiro. Suas amigas a deixaram na porta de casa, Clara foi correndo para dentro de seu quarto como um furação, e deitou na cama aonde se pós a chorar e no meio de tanto choro, Clara pegou no sono e em silêncio a mãe de Clara deitou ao lado da filha e passou a noite ali, abraçada com ela, tentando amenizar a dor da sua pobre filhinha que sofria pelo primeiro amor.
        Os meses foram se passando, e Clara já havia se acostumado em ver Rafael com meninas diferentes, aquilo já não a feria tanto, por mais que toda vez que ela o via seu estômago revirava, e ela sentia como seu houvesse uma massa pressa em sua garganta, mas a pior sensação era de estar vazia por dentro. E foi assim durante o ano inteiro a dor parecia não cessar nunca; até que chegaram as férias.

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