Clara foi caminhando calmamente para casa perdida em seus pensamentos, ela nunca tinha visto um menino tão lindo quando o Rafael, tão atencioso, e que ainda por cima gostava de Shakespeare. Clara estava encantada por aquele menino que surgiu na sua vida de repente.
No outro dia como de costume Clara foi para o parque ler, mas chegando lá, Rafael a avistou e foi correndo em direção de Clara, e lá passaram a tarde inteira conversando, e isso se repetiu durante as férias todas.
20 DE FEVEREIRO
Chegando à escola, Clara era só alegria, até que no meio daquela multidão viu Rafael, ela não sabia que Rafael estudava na mesma escola que ela, nesses meses que ela conviveu com ele nunca tinham falado de escola, então ao vê-lo não hesitou em correr ao seu encontro e abraçá-lo.
- Rafa, o que você faz aqui?
- Vim estudar né, o que se faz em uma escola?
Os dois riram.
Os dois riram.
- Rafa tenho que ir acertar uns papeis lá na secretaria, depois a gente se fala, tchau.
Clara saiu correndo para o banheiro, tentando controlar a respiração, e acalmar seu coração que parecia que iria sair pela boca. Clara ficou ali trancada no banheiro até o sinal bater e foi andando calmamente pelos corredores, ela carregava seus cadernos junto ao seu peito, só que sem tanta força como ou de costume até que viu algo que ela não queria ver, não seria possível, aquele não era o Rafael, não podia ser.
Clara saiu correndo para o banheiro, tentando controlar a respiração, e acalmar seu coração que parecia que iria sair pela boca. Clara ficou ali trancada no banheiro até o sinal bater e foi andando calmamente pelos corredores, ela carregava seus cadernos junto ao seu peito, só que sem tanta força como ou de costume até que viu algo que ela não queria ver, não seria possível, aquele não era o Rafael, não podia ser.
Ela apertou seu caderno contra o peito com toda a força que tinha, e tentou segurar o choro, um buraco se abriu em seu peito, como ela gostaria de estar no lugar daquela menina, por que não era ela nos braços de Rafael? Talvez se ela estivesse lá estragaria com toda a beleza da cena, os dois combinavam tão perfeitamente, o tom de pele, os cabelos... Nessa hora ela sentiu uma pontada no peito a dor queria sair para fora, e ela não podia deixar que isso acontecesse. Ninguém podia perceber o que ela estava sentindo muito menos ele, mas já era tarde de mais, as lágrimas começaram a rolar pelo rosto, e ela não conseguia pensar em nada, a não ser apertar aqueles cadernos idiotas contra seu próprio peito, desejando que ela sumisse dali, nessa hora ela sentiu uns braços em sua volta, eram elas, suas amigas.
- Me tirem daqui, por favor! Foram às únicas palavras que Clara conseguiu pronunciar.
- Me tirem daqui, por favor! Foram às únicas palavras que Clara conseguiu pronunciar.
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