Pedro saiu meio desnorteado, porta a fora, desceu as escadas voando e saiu sem se despedir de ninguém, ele para casa sua casa, subiu as escadas e sentou-se na sua cama.
A cabeça de Pedro estava a mil, ele não tinha certeza, não sabia se tinha compreendido certo, mas tudo levava a crer que a amiga o viu com uma garota em seu quarto; mas ele precisava saber os detalhes, será que ela entrou ali, no momento de um beijo, ou já estavam na cama? Aquela dúvida estava-o matando. Será que a amiga chorava por ele, não podia ser, era impossível eles se conheciam desde sempre. Mas podia ser sim, a amiga vivia com ele, podia ter se apaixonado, a cabeça dele estava em um nó só. E a imagem da amiga entrando na porta da casa dele enquanto ele subia com a outra, não saia da cabeça dele; foi à única vez que ele a virá durante a festa e ela estava linda, mais bonita do que o normal. Sua cabeça estava confusa, tudo girava em torno dele, um filme passava em sua cabeça, sua dor era visível, o seu choro era um choro agoniado, ele não sabia bem o que estava sentindo, sabia apenas que estava doendo muito.
Ele passou a noite toda acordado pensando, tentando colocar seus sentimentos em ordem, ele precisava saber o que estava sentindo, precisava saber o que fazer. Durante um cochilo longo, seu despertador tocou, ele tinha que se arrumar, pois já era segunda e ele tinha aula, e logo sua amiga iria passar ali, e ele precisava conversar com ela.
Ele tomou um banho rápido, se arrumou e saiu porta a fora, ele tava com medo de encontrar com a amiga, mas depois de dez passos ele resolveu que iria falar com ela, ele voltou, e foi até a casa dela, tocando a campainha impaciente. Malu abriu a porta, e olhou espantada para o garoto que estava ali parado na frente dela, sua aparência era horrível, lembrará a dele domingo a tarde, depois dela passar a noite chorando.
- Pedro o que houve com você? Andasse chorando? Aquela garota te largou e você a amava? Ou brigasse com sua mãe? Seus pais brigaram? O Corinthians perdeu?
Todas essas perguntas pareciam tolas ao ver de Malu, pois pelo o que ele aparentava, havia chorado muito e esses motivos não provocam tanta dor assim.
- Eu preciso falar com você – disse Pedro calmo demais.
- Só espera que vou lá pegar minha mochila.
Malu pegou sua mochila e saiu, deu pronto podemos ir.
Pedro permaneceu calado, e foi andando até o parque, sentando-se em um dos balanços. Balançou-se lentamente, e começou a contar tudo que ele havia pensando noite passada, e suas lágrimas começaram a cair. Malu estava em estado de choque, não acreditava ouvir tais palavras do amigo.
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