domingo, 12 de setembro de 2010

pode ser que falte tempo.


Desde que você começa a pensar que possuí tudo, começa a parte onde você descobre que não tem nada. Assim como um dia você está vivo e no outro poderá estar morto soterrado abaixo de sete palmos de terra. Para que temos que esperar para comer a sobremesa depois, se é a parte da refeição que mais gostamos? e se não tivermos tempo? e se a sobremesa acabar antes que possamos no servir?
Para que esperar para dizer um eu te amo aquela pessoa que você ama, ou dá um abraço apertado em seus pais, ou dizer aquela amiga o quanto ela é especial para você, pra que esperar, não sabemos se teremos outra chance de fazer isso.
Quantas pessoas, pais, filhos, mães, estavam dentro das torres gêmeas quando estas foram atingidas, quantas pessoas morreram brigadas com seus familiares, quantas morreram a procura de um sonho, e quantas apenas assistiram aqueles enormes e elegantes prédios vir abaixo em poucos segundos. Quem se vai não sofre tanto, mas e quem fica aqui; sofrer de remorso por ter brigado com aquela pessoa, por não ter dado o último beijo, o último abraço, e assim os corações de quem ‘sobrevive’* vão sendo corroídos pelo remorso e pela prepotência de não ter feito nada.

                                                                            Sobrevive*: por que para mim viver com um coração cercado pela dor e pelo remorso de não ter sido mais, mais atencioso, mais carinhoso, mais amável, mais atencioso, mais companheiro, não é sobreviver é apenas existir.
                                                                               - paulagrando

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